Abstract

O artigo versa sobre as conceituações de subalterno e hegemonia dentro do pensamento gramsciano. O autor incita como entender os grupos sociais subalternos é fundamental para compreender como as relações sociais, econômicas e o Estado são historicamente edificados, assim como corroboram a consolidação de determinada hegemonia ao mesmo tempo em que são frutos dela. Subalternidade e hegemonia são formulações chaves para a teoria política de Gramsci e interligam-se à sua concepção de tradutibilidade por traduzirem as relações que delimitam o modo como o Estado encontra-se construído, ao mesmo tempo em que ratificam a indispensabilidade de um plano estratégico de amplo espectro para o delineamento da transformação da ordem vigente. A formação e a prática política comporiam as linguagens em que se constroem as relações de força. Nesse sentido, ressalta-se a importância da dimensão formativa para a construção estratégica de disputa de poder, demonstrando como a hegemonia e a educação encontram-se dialeticamente intrínsecas e expressam a teoria e a prática da proposta de ação política gramsciana de superação da subalternidade. As reflexões que culminaram nesse texto foram despertadas após os seminários e discussões da “Ghilarza Summer School”, Escola internacional de estudos gramscianos, desenvolvidos em Ghilarza, Sardenha, entre 8 e 12 de setembro de 2014 sobre o tema “Hegemônico/Subalterno”.

The article focuses on the conceptualizations of “subaltern” and “hegemony” in Gramsci’s thought. The author argues that understanding the nature of the subaltern social groups is of fundamental importance for understanding the way in which economic relations and the State are constituted, and the way in which these relations contribute to consolidating a given hegemony, of which they are at the same time also a product. Subalternity and hegemony are key formulae in Gramsci’s political theory, and are linked to his theory of translatability in that they translate the relations that constitute a State, at the same time as founding the necessity for a wide-ranging strategic plan for the task of transforming social relations. Pedagogical formation and political practice are, then, the languages in which the relations of force are constructed. From these nexuses there emerges the centrality of the formative dimension of the strategic construction of a struggle for power, in that hegemony and education are dialectically connected and express the theory and practice of the project as formulated by Gramsci for overcoming subalternity. The reflections that come together in this text have their origin in the seminars and discussions of the Ghilarza Summer School held at Ghilarza from 8 to 12 September 2014 on the subject of Hegemonic/subaltern

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